Axé

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tudo o que quase ficou

Como ver sem querer
Como ter sem rever
Quem já teve
Mas mãos desarmadas
Essa entrega inesperada
E de êxtase soluçada
Como seguir como metade de ti
Aquele que se fez meu no meu braço
Que quase imitou o amor
No marejar do meu abraço
Que transborda e goza o avesso de mim
Que tem sempre no cheiro
A lembrança da próxima vez
Cheiro de bom dia...
Quero essas manhãs pra mim
Mas por mais que a noite revele
O destino nos cruza e repele
Pois, se nos funde,

Quem interfere... ?

domingo, 11 de janeiro de 2009

Irremediável

Por mais que eu precise
Sempre evito dizer nunca
Essa pseudofelicidade que sinto ao ver
(quem dera ter)
Asfixia sempre
Tudo o que tenho a dizer
O que me consola
É a inconstante
E efêmera
E quase nunca presença
Fazer submergir tudo o que me desconstrói
E os dias morrem e renascem
Com a maquiagem do palhaço
Que ridiculariza a própria dor
Para a vida ver graça
Eles gargalham alto
Com e de quem não tem o talento
De calcular o valor
De se multiplicar o que recebe
Rio da minha possível contravenção:
A fantasia de amar o amor
Incontrolável e incondicional
Que ante o real sentimento
Não procede
Nem serve para nada.