Axé

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Açúcar Mascavo

Eu pensava que amava e que vivia.
Mas apenas velejava em nuvens em forma de ondas.
Até ser obrigada a dropar uma nuvem
tsunami que quase me afoga nas ondas do céu.
Bem ao meu estilo, não reajo bem a ordens
de qualquer natureza.
Então icei minha vela e bandeira e nem acenei.
Hoje, viajo por terra. É mais seguro.
Quero amar com firmeza dos meus propósitos
E aprender a andar mais devagar.
Na verdade, ...a andar.
Minha saudade é agora de carinhos, pele,
cheiros, líquidos e pêlos.
Saudade dos próximos dias.
Saudade da tua arte de sempre me trazer
para a velocidade ideal.
Saudade do teu lado junto ao meu.
Saudade com gostinho de açúcar mascavo.
Na medida.
E amo. Aprendi a te amar
um amor ornado pela pureza de detalhes
que só a intimidade do convívio pôde dar.
Envolto pela beleza das realidades
que se apresentam a cada dia.
Um amor puro, real, pleno
e livre. Até para nos enlaçarmos
durante longo tempo.
Para durar o tempo da gente.
Sem passados iminentes.
E sem amarras recorrentes.
Apenas como merecemos.
Parafraseando um contador
de histórias: o tempo é da gente.
Eu assino: E é de presente.