Axé

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Saudade

Saudade
É nada, absolutamente nada saciar.
É regurgitar um coito interrompido sem gozo.
É sonhar o passeio a quatro pés quando há só dois.
É querer o amanhã, hoje.
É ficar de mal com o tempo.
É o grito mudo no peito.
É espremer até a ultima gota de pensamento
E ainda assim se surpreender.
É olhar para dentro e não ver a própria companhia.
É ansiar por ela, por ser a única.
É não poder acenar nem de longe.
É insistir num novo um ciclo sem fechar outro.
É achar nossa uma musica nunca tocada.
É contentar-se em declamar apenas ao próprio pé do ouvido.
É trocar tudo por um único instante.
É querer e não querer esquecer ao mesmo tempo.
É preencher com nada,
A lacuna de um nome que nunca existiu.