Axé

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Desfibrilador

Para ser o meu primeiro e também o derradeiro
Você ressuscitou meu suspiro de amor
Pleno, puro e pueril.
Desde então pra mim nada mais existiu,
Além da ternura para a qual o meu peito se abriu.
Depois de séculos de espera, de um dia para outro,
Como tudo se esvaiu?
Não quero o meu amor na concha das tuas mãos,
Mas aquele que eu vi e fez vibrar teu coração.
Feliz ficará àquele quem reverberar.
Quem não quer ser meu amigo
Teu amigo nunca foi, não se iluda não será.
Se meus passos em direção contrária me levam a ti,
Como esquecer?
No recorrente dejá-vu dos teus traços nos meus,
Como não doer?
Se for piada do destino quero também rir poder
Pela minha preferência a última hei de ser.