Axé

domingo, 25 de setembro de 2011

Anteverso

Toca-me no pensamento teu verso. Conduzido pela cadência de quentes fluidos, quando dentro, ...pelo teu hálito quando está perto, ...mesmo de um vento frio quando longe. A distância não é mais geográfica.
No jardim do meu peito jazem pegadas de sombras que tateiam trôpegas pelo labirinto das minhas dúvidas e são guiadas apenas pelo cheiro doce da minha esperança muda.
Nas entrelinhas do paladar, a menor vogal sussurrada pode ferir a beleza desses séculos de segundo em que o meu silencio canta ao teu.
Meus olhos marejados e confessos me-ditam se é tempo de aportar. Amar, beirando a certeza do talvez me arrisca a alma mais que a pele. Preciso me apoderar da morada que há em mim para poder te receber. Contudo, se prometer não se atrasar demais, asseguro-te esperar por toda a minha vida.

2 comentários:

  1. Me emocionei com a firmeza dessas palavras. Principalmente as últimas frases bem fortes. Tuas crônicas ganharam mais um admirador.

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