Axé

terça-feira, 27 de setembro de 2011

É demais.

De tanto e não mais me permitir, as lágrimas caem agora, mas para dentro. Senão, pelas minhas trêmulas mãos expelidas. Como um mal espírito a ser exorcizado. Com odor fétido de pele queimada após uma grave descarga elétrica. Pergunto-me: Cadê? Cadê o cheiro das manhãs, quando eu mais preciso dele? Nada responde. ... minhas mãos tremem demais para procurar qualquer coisa dentro de mim. Meus olhos secos são o sinal do que o coração está repleto. ...Por favor, por hoje, me deixem só com o meu silêncio! Não ouvirei música, pois todas as notas soarão destoantes, e me rasgarão o tímpano já ulcerado por hoje. Meu estado inerte mal me deixa tocar nessas desorganizadas teclas. Mais umas cinco ou seis linhas e eu juro que volto a respirar. Hoje, não há ninguém no Três. A não ser eu mesma a resgatar fragmentos meus espalhados por um desafinado sopro dentro do meu sonho. Talvez, quando eu acordar, não haja três. É demais.

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