Axé

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O silêncio de três palavras

Olho, fixa e absortamente,
pras veias tensas dos meus pés azuis.
Por que não consigo tirar os olhos de lá?
Por que não consigo subir esse olhar?
Quanto tempo será que leva pra sarar uma vida?
O mundo não é feito apenas de intenções, mas de ações.
Meu amor é precioso demais para ser negligenciado.
Preciso perdoá-lo por ser altruísta.
E perdoar-me por ser egoísta.
No amor, as coisas são assim mesmo.
Contraditórias por natureza.
Preciso tirá-lo de mim a qualquer custo.
Mas como, se fui marcada com brasa,
E a ferida ainda trago aberta ...Até quando?
O silêncio de três palavras
não me adoça mais os lábios.
Calou-se, amargo. (para sempre?)
Torço para que não seja.
Rezo pra que não seja tarde.

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