Axé

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pontual

Só sei ser isso que sou.
Sem meias mentiras ou verdades.
Não busco metades.
A dor não cessou, mas cansou.
Descansa meu peito já rouco.
Não rosna, não cala, nem grita
Nem se debruça sobre o pouco.
Achei que não mais veria
Olhos que agora brilham corados
Como os que te dei um dia.
Não era o que você tanto queria?
Meus pés ensaiam novos passos
Mas em que direção eu iria?
Não era o que você tanto queria?
Eu fechar minha ferida tardia?
Quando já não se sabe o que pensar
Se levanta e se deixa levar
Minha lua ainda é sua
Mas eu sou meu próprio mar.
E eu enxergo além do que vejo.
E eu vejo sempre mais.
Quero sempre mais.
O tempo é curto demais.
E a vida não espera,
como eu,
Não te espera.

4 comentários: