Axé

sábado, 29 de junho de 2013

Seo Umbigo

Já não há mais poema
pra romancear
Já não há mais relance
no cruzar do teu olhar

Eu fico sem saber
Se eu pego a sua mão
antes do sono bater
Eu estou na sua frente
mas a gente não se vê

Saudade bem curtida
Saudade mal curada
Como chegamos até aqui
Por que quero ficar
e também quero seguir

Por que que eu não te deixo
pra esse beijo ser feliz
Será que te larguei
ou fui eu que me perdi

Só sei dizer que
Tanto faz
cinema, leite ou gasolina
Tanto faz
chinelo, carro, vou na esquina
Tanto faz
bolacha, praia ou guaraná
Tanto faz

Teus pés são tão quentes à noite
Mas eu lembro que você dorme é de rede
Então de novo eu me obrigo
a me dividir comigo
a me dividir comigo
a me dividir comigo

Silêncio que não se engole mais
Meus passos não voltam mais atrás
Meu bem, vem dançar junto comigo

De quanto tempo eu preciso
pra lhe tirar do seu umbigo
pra lhe tirar do seu umbigo
pra lhe tirar do seu umbigo
Mas por enquanto

Tanto faz
cinema, leite ou gasolina
Tanto faz
chinelo, carro, ou na esquina
Tanto faz
bolacha, praia ou guaraná
Tanto faz
E vou levando 
um
Tanto faz
cinema, leite ou gasolina
Tanto faz
chinelo, carro, vou na esquina
Tanto faz
bolacha, praia ou guaraná
Teus pés tão quentes
Tanto faz...
De noite é frio.
Teus pés tão quentes.
De noite é frio
...
De noite é frio


4 comentários:

  1. Tanto faz... se o poema nos faz sentir... tanto faz. Muito bom. Você e sua página.... lindas.

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  2. Como sempre vc se superou em sensibilidade, razão de tão esparsas postagens, necessário estar em alfa para derramar tanta leveza e sentimento em um poema de classe.

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    1. Minha querida, vc como sempre, assídua nas minhas humildes postagens... Beijos!

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