Depois das fogueiras juninas e cinzentas
férias, o temeroso, catastrófico e convencional agosto de todos foi para mim o
(a)gosto de Deus. Que Sublime. Que catártico. ...Redentor. Alguma centelha acendeu
aqui dentro. Era a mim própria. Fecunda, sã, linda, louca e pálida, corando aos
poucos a cada lembrança futura sorridente. Sim, aqueles pés ainda titubeavam meio
trôpegos acostumados à hesitação de novos passos. Salte! A alma gritou, não
mais muda. Saltei. E foi tudo cor-de-rosa. Nada como se saber viva novamente.
Aliás, eram cores demais. Quase me ofuscam o astigmatismo, todas as nuances. Mas, enquanto
cantarolo Beto Guedes, durante uma inocente triagem nas roupas velhas do fundo
das gavetas de baixo,... o setembro chega, e antes que uma antiga nostalgia de
estimação bata à porta, meu lado mais adulto agarra-se desesperadamente ao que
é real para evitar quaisquer danos. É. Setembro deveria ser um mês para se
distribuir valium grátis. Setembros deveriam ser patenteados por todos os
amantes. Pelos loucos e por todos os cegos pela irresistível e deliciosa bruma
do entusiasmo pueril. Essas, que vêm sorrateiras acariciar o rosto dos adolescentes
tardios. Quisera eu alforriar os meus. Quem sabe, daqui a mais três sóis de
primavera.
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