Axé

domingo, 11 de janeiro de 2009

Irremediável

Por mais que eu precise
Sempre evito dizer nunca
Essa pseudofelicidade que sinto ao ver
(quem dera ter)
Asfixia sempre
Tudo o que tenho a dizer
O que me consola
É a inconstante
E efêmera
E quase nunca presença
Fazer submergir tudo o que me desconstrói
E os dias morrem e renascem
Com a maquiagem do palhaço
Que ridiculariza a própria dor
Para a vida ver graça
Eles gargalham alto
Com e de quem não tem o talento
De calcular o valor
De se multiplicar o que recebe
Rio da minha possível contravenção:
A fantasia de amar o amor
Incontrolável e incondicional
Que ante o real sentimento
Não procede
Nem serve para nada.

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