Axé

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Alinhavo

O que me resta da (c)alma
se, ora me cala o corpo
Agora não dá um pio
como o quisesse morto
Por ora, o peito roído
Grita mudo o que dentro ecoa
Por fora o sal aflito
Alenta o quanto atordoa
Enquanto escorrer da boca
a saliva do vácuo sentido
remendo minha alma oca.

2 comentários:

  1. Minh'alma se encontra assim mesmo, vazia de sentidos, oca de sentimentos. Retornei a um antigo estágio em que vegetei ou vivi, não sei, mas sem sentimento, sem sofrimento é verdade, mas sem sentido, o que me faz viver em um marasmo, uma vida modorrenta.

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  2. Todos passamos por essas fases desafiadoras, Lúcia. Só nós mesmos podemos dar, inventar o nosso próprio sentido. Uma vez, um poeta me disse que não é à toa que as letras da palavra sentido são as mesmas que formam a palavra destino. ;-)

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